quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Adriano Augusto da Costa Filho: "5 Poemas"

IPU UM CANTEIRO DO UNIVERSO

Eu agora já vi a Ipu
Terra da linda Malu.
Vi os jardins encantados
Por Deus abençoados!

Do Brasil um pedacinho,
Da Malu o seu cantinho.
No PPS não saiu
Mas, agora o Brasil viu!

Esse lugar encantado,
No paraíso foi bordado.
Quem vive nesse pedaço
Envio o meu forte abraço!

Eu nasci aqui em São Paulo,
No pensamento vou num pulo
A essa Terra tão lida
De uma saudade infi nda!

Ali nasceu uma estrela,
Uma poeta tão bela.
A Malu em suas orações
Envia poesias em canções!

A Ipu Terra tão varonil,
Desse nosso lindo Brasil.
Se eu pudesse lá chegar
A todos iria abraçar!

Se do céu é um pedacinho,
Eu digo neste cantinho.
Já do universo inteiro
Ipu é um grande canteiro!

Ipu Terra tão linda
De beleza tão infinda.
Dos jardins e da capela
Será a Terra sempre bela!

A poeta dos sertões,
Que transmite aos corações.
A Malu sempre adorável
A Ipu é uma Terra invejável!


A PALAVRA SAUDADE!!!

A triste palavra saudade.
E quem na realidade a inspirou.
Quanto sentiu-a de verdade
Nesse instante ele chorou!

A saudade é palavra linda,
Com muita ternura e dor.
Ela é triste, mas é ainda
Lembrança do primeiro amor!

No rol das palavras lusas,
É rainha de todas musas.
É uma palavra santa
Ela encanta e desencanta!

Saudade uma palavra amada,
Que língua lusa é achada.
Quem a canta é um trovador
Em suas canções de amor!

Levarei para a eternidade,
Dos tempos da minha idade.
Quando estarei em soledade
Com o louvor de toda saudade!


SAUDADES DO PASSADO CELTA!

Saudades de nosso passado,
De um tempo perdido, mas achado.
De eras incríveis milenares,
De um tempo cheio de olores!

Milhares de anos já passaram,
E deles muitos seres lembraram.
Os Celtas povo heroico majestoso,
Estão em nosso cerne maravilhoso!

Gerações e gerações desapareceram,
Mas, dos Celtas as atuais não esqueceram.
Povo heroico, inteligente e maravilhoso,
Falar a palavra Celta é muito gostoso!

Ensinaram as povoações lusitanas,
Com carinho e respeito sobre-humanas!
Somos na transmissão eternas dos corpos,
Pedaços desse povo heroico e escrupulosos!

Seu ditado era uma mensagem eterna,
Gravado como um ovo no centro de uma gema.
Viverás “Cem anos com mais uma para arrepender-te.
Mas, morrerás para sempre se Deus não conhecer-te”!
Dos Celtas somos pedaços de seu sangue,
E de gerações eternas não exangue.
Milhares de anos ainda irão passar,
E desse povo temos o cerne para amar!
Saudade na hora da despedida,
Quando um amor está de partida.
Nunca ela fi cará ausente
E no coração estará presente!



VIVER MILHÕES DE ANOS!

Eu já vivo a milhões de anos,
Todos eles muito soberanos.
Eu sou um pedaço da eternidade.
Pela transmissão à posteridade!

Meus versos muito solitários,
Gravados em belos relicários.
Ficarão marcados na evocação
Do tempo que durar meu coração!

Sempre faço as estrofes uma a uma,
Sem querer deixar marca alguma.
Na filosofia das antigas gerações,
Que enfeitaram imensos corações!

Todos nós pertencemos à eternidade,
E os poetas são os reis da humildade.
Fazemos as poesias com distinções
Para ornamentarmos os corações!

Milhões de anos eu sei que já vivi,
E deles pendores sempre eu senti.
Na transmissão eterna dos corpos
Surgirão outros poetas esbeltos!

Se eu pudesse saber de onde eu vim
Poderia dissertar temas sem  fim.
Mas, com certeza na eternidade
Escreverei poemas com lealdade!!!


  
PARI, O BAIRRO ENCANTADO!

Muitas saudades da minha terra,
Das belas manhãs ensolaradas.
Das tardes gostosas dos domingos
Eram épocas de sonhos infindos!

Quando chegavam as madrugadas,
Sentia o cheiro das flores perfumadas.
Mas, desse tempo só resta o perfume
Como o piscar de um lindo vaga-lume!

Já falei da linda Vila Paris,
Irei falar de outra flor de Liz.
O lindo bairro encantado do Pari
Onde na sua igreja fui batizado ali!

Com licença meus senhores,
Vou falar dos meus tesouros.
Sou filho desse lugar
E na vida só o quero amar!

Lá no Estrela joguei futebol
Na época do lindo arrebol!

Quem conhecer o local citado,
Fica logo todo encantado.
Tanta beleza ele apresenta
E ficar por lá logo ele tenta!

Da rua Miller eu sou filho,
Nunca houve qualquer empecilho.
Quando estou longe,a saudade
Invade meu coração de verdade!

Num domingo qualquer nesse rincão
Que o adoro com grande paixão.
Sinto vontade de lá voltar
E no seu chão ajoelhar!!!


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Fonte:
 Revista Acadêmica da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes, edição IV, ano 2013, Fortaleza: Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes, 2013.

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