VIRGEM AUXILIADORA
Minha
Nossa Senhora Auxiliadora,
Mãe de
misericórdia e de perdão,
Sê, por
piedade, a minha protetora
nas
amarguras deste mundo vão.
Em minha
alma teus zelos entesoura...
Nunca
olvides meu pobre coração...
E fulge,
sempre, ó luz consoladora,
em meio às
sombras que o envolvendo estão.
Ó
milagrosa Virgem de D. Bosco,
ouve a
súplica humilde, o verbo tosco,
de um
frágil pecador, mísero réu...
Acompanha
na vida o meu fadário...
E seja, à
hora da morte, o teu rosário,
a escada
augusta que me leve ao céu!
PÓLOS
Há dois pólos
na vida, ambos sinistros, ambos
possuindo
a gelidez extrema da Sibéria:
o Luxo, a
sanguessuga insaciada; e, em molambos,
o
rebotalho vil, famulento - a Miséria.
Não sei
quem seja mais miserável: se os bambos,
broncos
vultos que dão, a troco de uma féria
mesquinha,
anos de vida, ou se os tipos estrambos
que nadam
no ouro desde o berço à urna funérea...
Entre
esses pólos vaga a gente que tem fome
e pede
mais amor, mais justiça lhe assista...
E tirita
de frio e a lidar se consome...
Ai dos
pequenos! Ai dos vencidos! À vista
dessa
desigualdade imoral e sem nome,
rompe de
cada peito um grito socialista.
PRIMAVERA
Vem,
Primavera! Abre o sendal de flores na terra,
Estende o
pálio azul no espaço,
lava num
beijo o firmamento baço,
traz a
magia das luzes e das cores!
Com teus
perfumes entontecedores, aromatiza as balsas.
Passo a
passo acorda os ninhos
e de teu
regaço
lança a
mãos plenas rosas, esplendores.
A natureza
em júbilo te espera:
aclamando-te
os pássaros bisonhos
já se põem
a cantar, Mãe da quimera.
E em
minh'alma, entre frêmitos risonhos,
em febril
disparada,
ó
Primavera,
passa a
galope o batalhão dos sonhos...
PRIMAVERA
Vem, Primavera!
Abre o sendal de flores na terra,
Estende o pálio
azul no espaço,
lava num beijo o
firmamento baço,
traz a magia das
luzes e das cores!
Com teus perfumes
entontecedores, aromatiza as balsas.
Passo a passo
acorda os ninhos
e de teu regaço
lança a mãos
plenas rosas, esplendores.
A natureza em
júbilo te espera:
aclamando-te os
pássaros bisonhos
já se põem a
cantar, Mãe da quimera.
E em minh'alma,
entre frêmitos risonhos,
em febril
disparada,
ó Primavera,
passa a galope o
batalhão dos sonhos...
QUADRINHA
Tortura menos a
mágoa
que lágrima aos
olhos traz,
porque nesta gota
d'água
é que a dor se
liquefaz".
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Fonte
"Toda a Poesia: Antologia Poética". Poeteiro Editor Digital. São Paulo, 2015.
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