
A VIÚVA DE SOBRAL
CAPÍTULO
PRIMEIRO
— ... Mas estás com pressa?
— Alguma.
— Em todo caso, não vais salvar o pai
da forca.
— Pode ser.
— Explica-te.
— Explico-me.
— Mas explica-te refrescando a goela.
Queres um sorvete? Vá, dois sorvetes. Traga dois sorvetes... Refresquemo-nos,
que realmente o calor está insuportável. Estiveste em Petrópolis.
— Não.
— Nem eu.
— Estive no Pati do Alferes, imagina
por quê?
— Não posso.
— Vou...
— Acaba.
— Vou casar.
Cesário deixou cair o queixo de
assombro, enquanto o Brandão saboreava, olhando
para ele, o gosto de ter dado uma novidade grossa. Vieram os sorvetes, sem que
o primeiro saísse da posição em que a notícia o deixou; era evidente que não
lhe dava crédito.
— Casar? repetiu ele afinal, e o
Brandão respondeu-lhe com a cabeça que sim, que ia casar. Não, não, é
impossível.
Estou que o leitor não sente a mesma
incredulidade, desde que considera que o
casamento é a tela da vida, e que toda a
gente casa, assim como toda a gente morre. Se alguma coisa o enche de assombro
é o assombro de Cesário. Tratemos de explicá-lo em cinco ou seis linhas.
casamento é a tela da vida, e que toda a
gente casa, assim como toda a gente morre. Se alguma coisa o enche de assombro
é o assombro de Cesário. Tratemos de explicá-lo em cinco ou seis linhas.
Viviam juntos esses dois rapazes
desde os onze anos, e mais intimamente desde os dezesseis. Contavam agora vinte
e oito. Um era empregado no comércio, outro da alfândega. Tinham uma parte da
vida comum, e comuns os sentimentos. Assim é que ambos faziam do casamento a
mais deplorável idéia, com ostentação, com excesso, e para afirmá-lo, viviam
juntos a mesma vida solta. Não só entre eles deixara de haver segredo, mas até
começava a ser impossível que o
houvesse, desde que ambos davam os mesmos passos, de um modo uníssono. Começa a
entender-se o espanto do Cesário.
— Dá-me a tua palavra que não estás
brincando?
— Conforme.
— Ah!
— Quando eu digo que vou casar, não
quero dizer que tenho a dama pedida; quero
dizer que o namoro está a caminho, e que desta vez é sério. Resta adivinhar
quem é.
— Não sei.
— E foste tu mesmo que me levaste lá.
— Eu?
— É a Sobral.
— A viúva?
— Sim, a Candinha.
— Mas...?
Brandão contou tudo ao amigo. Cerca
de algumas semanas antes, Cesário levara-o à casa de um amigo do patrão, um Viegas,
comerciante também, para jogar o voltarete; e ali acharam, pouco antes chegada
do Norte, uma recente viúva, D. Candinha Sobral. A viúva era bonita, afável,
dispondo de uns olhos que os dois concordaram em achar singulares. Os olhos,
porém, eram o menos. O mais era a reputação
de mau gênio que esta moça trazia. Disseram que ela matara o marido com
desgostos, caprichos, exigências; que era um espírito absoluto, absorvente, capaz de deitar fogo aos quatro cantos de um
império para aquecer uma xícara de chá. E, como sempre acontece, ambos acharam
que, a despeito das maneiras, lia-se-lhe isso mesmo no rosto; Cesário não
gostara de um certo jeito da boca, e o Brandão notara-lhe nas narinas o indício
da teima e da perversidade. Duas semanas depois tornaram a encontrar-se os
três, conversaram, e a opinião radicou-se. Eles chegaram mesmo à familiaridade
da expressão: — má rês, alma de poucos amigos, etc.
Agora entende-se, creio eu, o espanto
do amigo Cesário, não menos que o prazer do Brandão em dar-lhe a notícia.
Entende-se, portanto, que só começassem a tomar os sorvetes para não vê-los
derretidos, sem nenhum deles saber o que estava fazendo.
— Juro que há quinze dias não era
capaz de cuidar nisto, continuava o Brandão; mas os dois últimos encontros, principalmente
o de segunda-feira... Não te digo nada... Creio que acabo casando.

— Ah! crês!
— É um modo de falar, é certo que
acabo.
Cesário acabou o sorvete, engoliu um
cálice de cognac, e fitou o amigo, que raspava
o copo, amorosamente. Depois fez um cigarro, acendeu-o, puxou duas ou três
fumaças, e disse ao Brandão que ainda esperava vê-lo recuar; em todo caso,
aconselhava-lhe que não publicasse desde já o plano; esperasse algum tempo.
Talvez viesse a recuar...
— Não, interrompeu Brandão com
energia.
— Como, não?
— Não recuo.
Cesário levantou os ombros.
— Achas que faço mal? pergunta o
outro.
— Acho.
— Por quê?
— Não me perguntes por quê.
— Ao contrário, pergunto e insisto.
Opões-te por causa de ser casamento.
— Em primeiro lugar.
Brandão sorriu.
— E por causa da noiva, concluiu ele.
Já esperava por isso; estás então com a opinião que ambos demos logo que ela
chegou da província? Enganas-te. Também
eu estava; mas mudei...
— E depois, continuou Cesário, falo
por um pouco de egoísmo; vou perder-te...
— Não.
— Sim e sim. Ora tu!... Mas como foi
isso?
Brandão contou os pormenores do
negócio; expôs minuciosamente todos os seus sentimentos. Não a pedira ainda, nem havia
tempo para tanto; a própria resolução não estava formulada. Mas tinha por certo
o casamento. Naturalmente, louvou as qualidades da namorada, sem convencer ao
amigo, que, aliás, entendeu não insistir na opinião e guardá-la consigo.
— São simpatias, dizia ele.
Saíram depois de longo tempo de
conversação, e separaram-se na esquina. Cesário
mal podia crer que o mesmo homem, que antipatizara com a viúva e dissera dela
tantas coisas e tão grotescas, quinze dias depois estivesse apaixonado ao ponto
de casar. Puro mistério! E resolvia o caso na cabeça, e não achava explicação,
não se tratando de um criançola, nem de uma descomunal beleza. Tudo por querer
achar, à força, uma explicação; se não a procurasse, dava com ela, que era
justamente nenhuma, coisa nenhuma.

CAPÍTULO
II
Emendemos o Brandão. Contou ele que
os dois últimos encontros com a viúva, aqui na corte, é que lhe deram a
sensação do amor; mas a verdade pura é que a sensação só o tomou inteiramente
no Pati do Alferes, de onde ele acaba de chegar. Antes disso, podia ficar um
pouco lisonjeado das maneiras dela, e ter mesmo alguns pensamentos; mas o que
se chama sensação amorosa não a teve antes. Foi ali que ele mudou de opinião a
respeito dela, e se deixou cair nas graças de uma dama, que diziam ter matado o
marido com desgostos.
A viúva Sobral não tinha menos de
vinte e sete anos nem mais de trinta; ponhamos
vinte e oito. Já vimos o que eram os olhos; — podiam ser singulares, como eles
diziam, mas eram também bonitos. Vimos ainda um certo jeito da boca, mal aceito
ao Cesário, enquanto as narinas o eram ao Brandão, que achou nelas o indício da
teima e da perversidade. Resta mostrar a estatura, que era muito elegante, e as
mãos, que nunca estavam paradas. No baile não lhe notou o Brandão esta última
circunstância; mas no Pati do Alferes, na casa da prima, familiarmente e a
gosto, achou que ela movia as mãos sempre, sempre, sempre. Só não atinou com a
causa, se era uma necessidade, um sestro, ou uma intenção de mostrá-las, por
serem lindas.
“Não, pensou ele no segundo dia, não
é para mostrá-las; essa preocupação não se compadece com a maldade do gênio...”
No terceiro dia, começou o Brandão a
perguntar onde estava a maldade do gênio de D. Candinha. Não achava nada que
pudesse dar indício dela; via-a alegre, dada,
conversada, ouvindo as coisas com muita paciência, e contando anedotas do Norte
com muita graça. No quarto dia, os olhos de ambos andaram juntos, não se
sabendo unicamente se foram os dele que procuraram os dela, ou vice-versa; mas
andaram juntos. De noite, na cama, o Brandão jurava a si mesmo que era tudo
calúnia, e que a viúva tinha mais de anjo que de diabo. Dormiu tarde e mal.
Sonhou que um anjo vinha ter com ele e lhe pedia para trepar ao céu; trazia a
cara da viúva. Ele aceitou o convite; a meio caminho, o anjo pegou das asas e
cravou-as na cabeça, à laia de pontas, e carregou-o para o inferno. Brandão
acordou transpirando muito. De manhã, perguntou a si mesmo:
— Será um aviso?
Evitou os olhos dela, durante as
primeiras horas do dia; ela, que o percebeu, recolheu-se ao quarto e não
apareceu antes do jantar. Brandão estava desesperado, e deu todos os sinais que
podiam exprimir o arrependimento e a súplica do perdão. D. Candinha, que era
uma perfeição, não fez caso dele até à sobremesa; à sobremesa começou a mostrar
que podia perdoar, mas ainda assim o
resto do dia não foi como o anterior. Brandão deu-se a todos os diabos. Chamou-se
ridículo. Um sonho? Quem diabo acredita em sonhos?
No dia seguinte tratou de recuperar o
perdido, que não era muito, como vimos, tão-somente alguns olhares; alcançou-o
para a noite. No outro estavam as coisas restabelecidas. Ele lembrou-se então
que, durante as horas de frieza, notara nela o mau jeito da boca, o tal, o que lhe dava
indício da perversidade da viúva; mas tão depressa o lembrou, como rejeitou a
observação. Antes era um aviso, passara a ser uma oportunidade.
Em suma, voltou no princípio da
seguinte semana, inteiramente namorado, posto sem nenhuma declaração de parte a
parte. Ela pareceu-lhe ficar saudosa. Brandão
chegou a lembrar-se que a mão dela, à despedida, estava um pouco trêmula; mas,
como a dele também tremia, não se pode afirmar nada.
Só isto. Não havia mais do que isto,
no dia em que ele referiu ao Cesário que ia
casar. Que não pensava senão no casamento, era
verdade. D. Candinha voltou para a corte daí a duas semanas, e ele estava
ansioso por vê-la, para lhe dizer tudo, tudo, e pedi-la, e levá-la à igreja.
Chegou a pensar no padrinho: seria o inspetor da alfândega.
casar. Que não pensava senão no casamento, era
verdade. D. Candinha voltou para a corte daí a duas semanas, e ele estava
ansioso por vê-la, para lhe dizer tudo, tudo, e pedi-la, e levá-la à igreja.
Chegou a pensar no padrinho: seria o inspetor da alfândega.
Na alfândega, notaram-lhe os
companheiros um certo ar distraído, e às vezes, superior; mas ele não disse
nada a ninguém. Cesário era o confidente único, e antes não fosse único; ele
procurava-o todos os dias para lhe falar da mesma coisa, com as mesmas
palavras, e inflexões. Um dia, dois dias, três dias, vá; mas sete, mas quinze,
mas todos! Cesário confessava-lhe, rindo, que era demais.
— Realmente, Brandão, tu estás que
pareces um namorado de vinte anos...
— O amor nunca é mais velho,
redargüiu o outro; e, depois de fazer um cigarro, puxar duas fumaças, e
deixá-lo apagar, continuava a repetição das mesmas coisas e palavras, com as
mesmíssimas inflexões.
CAPÍTULO
III
Vamos e venhamos: a viúva gostava um
pouco do Brandão; não digo muito, digo um pouco, e talvez muito pouco. Não lhe
parecia grande coisa, mas sempre era mais que nada. Ele fazia-lhe amiudadas
visitas e olhava muito para ela; mas, como
era tímido, não lhe dizia nada, não chegava a planear uma linha.
— Em que ponto vamos, em suma?
Perguntava-lhe o Cesário um dia, fatigado de só ouvir entusiasmos.
— Vamos devagar.
— Devagar?
— Mas com segurança.
Um dia recebeu Cesário um convite da
viúva para lá ir a uma reunião familiar: era lembrança do Brandão, que foi ter
com ele e pediu-lhe instantemente que não faltasse. Cesário sacrificou o teatro
nessa noite, e foi. A reunião esteve melhor do que ele esperava; divertiu-se
muito. Na rua disse ele ao amigo:
— Agora, se me permites franqueza,
vou chamar-te um nome feio.
— Chama.
— Tu és um palerma.
— Viste como ela olhava para mim?
— Vi, sim, e por isso mesmo é que
acho que estás botando dinheiro à rua. Pois uma pessoa assim disposta... Realmente és um
bobo.
Brandão tirou o chapéu e coçou a
cabeça.
— Para falar a verdade, eu mesmo já
tenho dito essas coisas, mas não sei que acho em mim, acanho-me, não me
atrevo...
— Justamente; um palerma.
Andaram ainda alguns minutos calados.

— E não te parece esplêndida?
perguntou o Brandão.
— Não, isso não; mais bonita do que a
princípio, é verdade; fez-me melhor impressão; esplêndida é demais.
Quinze dias depois, viu-a o Cesário
em casa de terceiro, e pareceu-lhe que ainda era melhor. Daí começou a
freqüentar a casa, a pretexto de acompanhar o outro, e ajudá-lo, mas realmente porque começava a
olhá-la com olhos menos desinteressados. Já aturava com paciência as longas
confissões do amigo; chegava mesmo a
procurá-las.
D. Candinha percebeu, em pouco tempo,
que em vez de um, tinha dois adoradores.
Não era motivo de pôr luto ou deitar fogo à casa; parece mesmo que era caso de
vestir galas; e a rigor, se alguma falha havia, era que eles fossem dois, e não
três ou quatro. Para conservar os dois, D. Candinha usou de um velho processo:
dividindo com o segundo as esperanças do primeiro, e ambos ficavam entusiasmados.
Verdade é que o Cesário, posto não fosse tão valente, como dizia, era muito mais que o Brandão. De
maneira que, ao cabo de algumas dúzias de
olhares, apertou-lhe a mão com muito calor. Ela não a apertou de igual modo, mas
também não se deu por zangada, nem por achada. Continuou a olhar para ele.
Mentalmente, comparava-os:
“O Cesário sempre é outra coisa; mas
também não há de ser tão fácil de guiar. Se o Brandão não fosse tão comum! é
ainda mais comum que o outro.”
Um dia o Brandão descobriu um olhar
trocado entre o amigo e a viúva. Naturalmente ficou desconsolado, mas não disse
nada; esperou. Daí a dias notou mais dois olhares, e passou mal a noite, dormiu
tarde e mal; sonhou que matara ao amigo. Teve a ingenuidade de contá-lo a este,
que riu muito, e disse-lhe que fosse tomar juízo.
— Você tem coisas! Pois bem; somos
concordes nisto: — deixo de voltar à casa dela...
— Isso nunca!
— Então que queres?
— Quero que me digas, francamente, se
gostas dela, e se vocês se namoram.
Cesário declarou-lhe que era uma
simples fantasia dele, e continuou a namorar a viúva, e o Brandão também, e ela
aos dois, todos com a maior unanimidade.
Naturalmente as desconfianças
reviveram, e assim as explicações, e começaram os azedumes
e as brigas.
Uma noite, ceando
os dois, de
volta da casa
dela, estiveram a ponto de brigar
formalmente. Mais tarde separaram-se por dias; mas como o Cesário teve de ir a
Minas, o outro reconciliou-se com ele à volta, e dessa vez não instou para que
tornasse a freqüentar a casa da viúva. Esta é que lhe mandou convite para outra
reunião; e tal foi o princípio de novas contendas.
As ações de ambos continuavam no
mesmo pé. A viúva distribuía as finezas com igualdade prodigiosa, e o Cesário
começava a achar que a complacência para com o outro era longa demais.
Nisto apareceu no horizonte uma
pequenina mancha branca; era algum navio que se aproximava com as velas
abertas. Era navio e de alto bordo; — um viúvo, médico, ainda conservado, que entrou a
cortejar a viúva. Chamava-se João Lopes. Já então o Cesário tinha arriscado uma
carta, e mesmo duas, sem obter resposta. A viúva foi passar alguns dias fora,
depois da segunda; quando voltou, recebeu terceira, em que o Cesário lhe dizia
as coisas mais ternas e súplices. Esta carta deu-lha em mão.
— Espero que me não conservará mais
tempo na incerteza em que vivo. Peço-lhe que releia as minhas cartas...
— Não as li.
— Nenhuma?
— Quatro palavras da primeira apenas.
Imaginei o resto e imaginei a segunda.
Cesário refletiu alguns instantes:
depois disse com muita discrição:
— Bem; não lhe pergunto os motivos,
porque sei que me hão de desenganar; mas eu não quero ser desenganado. Peço-lhe
uma só coisa.
— Peça.
— Peço-lhe que leia esta terceira
carta, disse ele, tirando a carta do bolso; aqui está tudo o que estava nas
outras.
— Não... não...
— Perdão; pedi-lhe isto, é um favor
último; juro que não tornarei mais.
D. Candinha continuou a recusar; ele
deixou a carta no dunkerque, cumprimentou-a e saiu. A viúva não desgostou de ver a obstinação
do rapaz, teve curiosidade de ler o
papel, e achou que o podia fazer sem perigo. Não transcrevo nada, por que eram
as mesmas coisas de todas as cartas de igual gênero. D. Candinha resolveu dar-lhe resposta
igual à das primeiras, que era nenhuma.
Cesário teve o desengano verbal, três
dias depois, e atribuiu-o ao Brandão. Este aproveitou a circunstância de
achar-se só para dar a batalha decisiva. É assim que ele chamava a todas as
escaramuças. Escreveu-lhe uma carta a que ela respondeu deste modo:
Devolvo o bilhete que me entregou
ontem, por engano, e desculpe se li as primeiras palavras; afianço-lhe que não
vi o resto.
O pobre-diabo quase teve uma
congestão. Meteu-se na cama três dias, e levantou-se resolvido a voltar lá; mas
a viúva tornara a sair da cidade. Quatro meses depois casava ela com o médico.
Quanto ao Brandão e o Cesário, que estavam já brigados, nunca mais se falaram;
criaram ódio um ao outro, ódio implacável e mortal. O triste é que ambos
começaram por não gostar da mesma mulher, como o leitor sabe, se se lembra do
que leu.
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Nota:
Texto-fonte: Obra Completa, de Machado de Assis, vol. II, Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1994. Publicado originalmente em A Estação, de 15/4/1884 a 15/5/1884.
Texto-fonte: Obra Completa, de Machado de Assis, vol. II, Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1994. Publicado originalmente em A Estação, de 15/4/1884 a 15/5/1884.
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